terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Here we go again... (Boas notícias!)

Olá pessoal.

Post muito rápido mas provavelmente o mais importante do ano que está prestes a acabar.



"Estamos" grávidos outra vez! :)

14 semanas e 3 dias hoje de uma gravidez que tem corrido de forma excelente, se bem que a Ana se encontra medicada preventivamente com Cartia e Lovenox.

Em breve dou mais pormenores mas para já votos de um excelente Natal para tod@s!

Beijinhos,
AF

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Uma história de outra Nô

Olá pessoal!

Sim, eu sei que tenho deixado isto um pouco ao abandono mas tenho sentido pouca inspiração para escrever. Sinto que já quase disse tudo o que conseguia expor por palavras. Tudo o resto que sinto (e é imenso) não consigo explicar. Não tenho arte para tal e duvido que alguém tenha.

Mas escrevo-vos hoje porque partilharam comigo mais uma história. Outra Nô. Desta vez da mãe Tainá Ornelas.
O que é incrível neste texto (para além de estar incrivelmente bem escrito) é a forma como me revejo em tudo o que ela escreveu.

"The Angriest Man in Brooklyn

Ontem, o papá e mamã armaram-se em casal de meia idade, ou então em senhoras de meia idade, e foram ao cinema. 

Fomos ver o último filme do Robin Williams... E fomos justamente por isso, não imaginávamos que era um filme tão bom...
A história é simples, e até um pouco "batida", mas a verdade é que ninguém pensa muito no assunto, até se ver dentro do mesmo problema, até se ver de frente com a morte.
A morte, vamos lá ver... Não é assim tão má. Tudo depende de como olhamos para ela. Uma morte prematura, num bebé como tu, numa criança, ou mesmo num jovem adulto, choca sempre... Em uma pessoa mais velha, é algo mais aceitável, "porque afinal a pessoa já viveu toda uma vida"... Quem fica, quer numa morte prematura, quer de uma pessoa idosa, sofre sempre, disso não temos dúvidas.
Boa parte das pessoas não sabe quando, ou como irá morrer, o que é extremamente positivo. Porque se soubéssemos, ia ser uma loucura pegada. Mas quando acontecem situações como a do filme... Um aneurisma, inoperável. Não sabes quando vais morrer, apenas que vais, e em breve. Faz-te parar. Paras para repensar toda a tua vida, no que tens sido, no que de facto é importante, no que queres fazer nestes últimos tempos que te restam aqui deste lado. É uma chapada da vida. Porque a nós?! Ninguém sabe responder. Mas se soubermos pegar neste limão azedo e fazer uma limonada... Podemos aproveitar para tentar consertar os nossos erros. Ou então minimizar as consequências. Foi o que o personagem principal fez.
Trazendo isso para a nossa história, não fui eu que morri, literalmente..
Mas levaste parte de mim. Por tanto, é como se eu tivesse morrido também. Fui confrontada com a tal morte... E descobri que, afinal, não é tão má assim. Tenho saudades tuas, muitas, dava tudo para ter-te aqui comigo, mas seria ingrata em não reconhecer que a tua morte, a tua partida, fez de mim uma pessoa melhor. Porque cheguei ao ponto em que tive que rever as minhas prioridades, o que de facto queria para mim, se eu era de facto quem eu era antes de partires... E estou a tornar-me uma pessoa melhor. Dói, como dói... Mas não há vitória sem luta, e às vezes, às vezes os ensinamentos são assim, duros... A boa notícia, é que nunca mais nos esquecemos :)
Ter sido apanhada nesta "rasteira da vida", foi a pior, e ao mesmo tempo, a melhor coisa que já me aconteceu... Como é que sei isso?! Não sei, ainda estou a aprender e tenho um longo caminho pela frente. Sei que vão haver momentos em que vou ler isto e vou dizer que estava louca quando o escrevi... Vai doer, vai continuar a doer, sempre... Mas com esta dor também vou aprender, vou crescer... E vou ser alguém melhor. Por ti. Por mim. Pelo papá. Pelo teu mano que ainda virá.
Assim, quando chegar a minha hora de partir e ir ter contigo, vou poder fechar os olhos e descansar... E ter a certeza de que dei o meu melhor.

Amo-te Pipocas!... <3

Beijinho da Mãe <3"




Resta dizer que a Pipocas deixou de ter batimentos cardíacos às 40 semanas e 2 dias. Não consigo conceber, quanto mais imaginar, a dor...

Eu também gosto muito de ti, Pipocas. :) E sei que deves sentir imenso orgulho nos teus Pais.

Abraços a tod@s.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Dia Mundial da Prematuridade



Há ano e meio não fazia ideia do que era uma criança prematura.
Tinha um conhecimento muito académico da situação e pouco ou nada estava ciente para os riscos envolvidos. Também fui crescendo com muitos mitos que passam de geração em geração.

Ano e meio volvido e posso dizer que tenho uma grande ideia do que é isto. Casos que correram bem. Casos que não correram bem. Sequelas. Sem sequelas. Pequenos ou grandes.

É impressionante o que o Mundo nos ensina. No nosso caso foi um ensinamento à custa de muita angustia. Choro. Revolta. Aceitação. Paz. E Amor.

É muito importante que estejamos cientes que a Prematuridade é muito mais que um bebé que nasce antes do termo. É 1 em cada 10. 10%. Num país assolado com uma crise de natalidade.

São gastos brutais para o SNS (e bendito seja ele e os profissionais que o compõem).
São cargas emocionais brutais para os pais que têm de ir para casa sem a sua criança entregue ao conhecimento e amor de profissionais incríveis mas sobretudo entregue a ela própria.
São comportamentos de risco que algumas grávidas têm e que podem despoletar um nascimento prematuro.
São doenças que os pais só descobrem depois. Assassinas silenciosas que põem em risco a vida da criança e da mãe.

Por tudo isso é VITAL que a prematuridade seja uma preocupação constante. Algo que a população deve estar ciente que existe, não é rara e é grave. Muito grave.


Por isso tudo e mais razões que me faltam escrever, peço que pelo menos hoje isso seja algo lembrado e motivo de preocupação.

https://www.facebook.com/WorldPrematurityDay

http://prematuridade.com/
http://www.xxs-prematuros.com/
https://www.facebook.com/PaisPrematuros
http://www.who.int/pmnch/media/events/2013/wpd/en/
http://www.efcni.org/index.php?id=wpd&L=1%27%2522

Aqui fica a peça que a RTP fez para o Telejornal (começa no minuto 42:30) onde eu e a Ana tivemos oportunidade de participar.
http://www.rtp.pt/play/p1397/e172756/jornal-da-tarde

Abraços,
AR

PS: Não gosto nada do som da minha voz. :)

domingo, 16 de novembro de 2014

Gui

Em tempos li que os seres perfeitos são aqueles que vêm à Terra só para nos ensinar.
São tão perfeitos que não têm nada a aprender.

E por muita vontade que tenhamos que fiquem connosco mais tempo, o seu papel no Mundo fica completo muito rapidamente.
Demasiado...

Que os pais da Gui tenham força. Nos próximos dias nada vai fazer sentido. Mas o tempo ajuda... Ajuda sempre.

Margarida: mais uma guerreira que passou por nós e muda o Mundo.

Até um dia.


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Dia Nacional para a Sensibilização da Perda Gestacional e a Alice

Hoje (dia 15/10/2014) é o dia que a Associção Projecto Artémis escolheu para relembrar e sensibilizar para a problemática da Perda Gestacional e tudo o que isso acarreta.
Aproveito para pedir-vos que assinem a petição que a mesma associação criou para que este dia passe oficialmente a "Dia Nacional para a Sensibilização da Perda Gestacional" aqui - http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT74997



Mas tão o mais importante, trago-vos a primeira carta que recebi de uma mãe que perdeu a sua bebé. No caso, trago-vos a história da Alice:

"Carta à Alice

Hoje farias 3 meses...
... não sei se estás no Céu, porque infelizmente tenho dificuldade em acreditar que ele existe..
...mas aninhada na Terra que eu pisei hoje, estás com certeza, porque foi lá que te deixei e é lá que te visito.
A dor tem crescido, ao contrário do que todos me dizem, não me sinto apaziguada, sinto-me sufocada. Quando no escuro permaneço, ouço o meu coraçao a gritar a falta que me fazes e a dor é indescritível.
Sim, é verdade que estás na minha vida, no meu coração e na minha memória mas há dias que isso não chega! Há dias que o que sobrou não chega!
Todos os dias tento ser honesta comigo própria e aceitar que te perdi, que não consigo controlar tudo. A imprevisibilidade tambem acontece no Nascer e contra tudo o que é natural, é possível morrer e nascer.
Contigo partiram tambem alguns dos motivos para ser feliz...sou menos feliz? Sou! Consigo viver com isso? Consigo! Mas é muito difícil!!! É tão difícil!!!!!!! Esta vida sem a Alice é menos feliz, há um vazio impreenchível, os sorrisos são fugazes e não anulam a tristeza de ter visto partir o ser humano que mais amei.
Se estiveres em mais algum sítio, que não seja a Terra que te acolheu, quero que saibas que és e sempre serás a minha filha Alice."


Obrigado pelo mail Patrícia.

Tenho a certeza que a Alice está muito orgulhosa da mãe que escolheu.

Beijos e abraços,
AR

PS: Se alguém quiser escrever (mesmo que não deseje que a história seja publicada) escrevam para andre.silva.rodrigues[at]gmail.com

terça-feira, 23 de setembro de 2014

The overwhelming sense of emptiness (a enorme sensação de vazio)


Dou por mim, muitas vezes a pensar nisso. O que falta na minha vida. O que já não me desafia. O que me aborrece. O que preciso de fazer para passar os dias. E como substituir este vazio que sinto.
Não é um vazio literal. É algo mais doloroso. Mais, digamos, real. A sensação que alguém terá quando é atraído para um abismo. Para um mergulho sem paraquedas.
Passado tanto tempo (é assim tanto tempo?) ainda imagino a minha vida com a minha filha aqui, nos meus braços. E não consigo imaginar para além de uma ideia. De um sonho. Que morreu com ela. E do qual faço o luto.
Procuro inspiração noutros locais. Noutras experiências. Mas sei que procurar isso para substituir o vazio é apenas um placebo. E se o doente souber que é um placebo, o efeito é nulo.
Talvez ter outra filha ajude? Talvez. Mas nunca será a minha primeira filha. A minha Nô, neste momento é um conceito dentro de mim. Na minha cabeça. No meu coração.
Passo muito tempo a imaginar como seria a minha filha com 1 ano e poucos meses. Como seria o seu cabelo. Como seria o seu feitio. Como seriam os seus olhos. Como seriam as minhas rotinas. Buscar à escola. Provavelmente nem teriamos mudado de casa.
Mas isso pertence a um Universo paralelo. Ela existe em carne e osso nesse universo. Neste é um ser superior. Pelo menos para mim é. Porque só os seres superiores conseguem ter um ascendente tão grande sobre quem caminha na Terra. Pode não ser para muitos de vós. Mas é para mim. E é isso que importa, na realidade.

Depois penso que tudo isto é duro. Mas mais duro é deixar me levar pela dureza da coisa. E se deixo que a coisa seja dura, mais dura ela se torna.
E eu não quero que seja mais duro do que já é. Nem ela queria.

Dizem que não controlamos o que nos acontece. Apenas controlamos como reagimos às coisas.
Diria que não me tenho saído mal.


PS: muitos não compreenderão este post. Não esperava outra coisa. Mas precisava de desabafar.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A minha outra Nô...

Acompanhei-te ao longe.
Não te conheci pessoalmente mas era impossível ficar indiferente.
Fui torcendo por ti e quase que podia sentir o que sofrias. Mas ninguem sabe o que é sofrer o que tu sofreste...

Digo sofrias porque já não sofres mais. Agora ficam por cá quem te era mais chegado. Tristes. Saudosos. 
Sim. É isso que vai acontecer nos tempos mais próximos. 
Mas o tempo ajuda a revelar as coisas boas. Os ensinamentos. O teu sorriso. A maneira como dizias “Pedrocas". O Amor incondicional.

Não é a vida que é injusta. É a morte.

A vida é aquilo que fazemos dela. E tu foste um raio de luz. Um anjo na Terra.
Agora és um anjo no ceu. E a estrela dos teus pais.

Até um dia, minha “outra” Nô.

PS para a minha Nô: cuida muito bem da tua homonima. E ajuda-a a transmitir mensagens cá para baixo como tu tão bem sabes fazer. 
Amo-te, princesa. Sinto muita falta do teu olhar.

domingo, 10 de agosto de 2014

"Tem filhos?"

No outro dia, num contexto profissional, fizeram-me esta pergunta.

Talvez por achar que não era o sitio ou a hora e porque não me apetecia contar a história, respondi "Não".

Imediatamente senti-me mal. Pessimo.

Tanto que nunca contei a ninguem.

Desculpa Nô... :(

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Contributos e Testemunhos

Olá pessoal!

Surgiu a ideia à Ana que este meu, nosso, vosso blog seja aberto a mais gente.
Tantas e tantas pessoas escrevem nos comentários no blog e no facebook... Que tal escreverem publicamente, que tal terem mais destaque com um post próprio?

Fica o desafio: Quem quer escrever alguma coisa? Os vossos contributos e testemunhos?
Pensando bem não é assim um grande desafio... Aqui toda a gente se entente e compreende. :)

E não se preocupem com a forma de escrever! Eu não tenho assim tanta preocupação. :)


Enviem os vossos textos para diariodeumfuturopai@gmail.com. 

E desde já o meu muito obrigado a todos.

PS: peço desculpa pelo meu desaparecimento momentâneo. Podia arranjar uma desculpa mas não tenho desculpa nenhuma para além de ter me sentido pouco inspirado para o blog. São fases...

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Um Ano Que Morreste

Faz hoje um ano que a Nô nos deixou.
E o dia não foi diferente dos outros.

Não passa um dia que não me lembre do 26/06/2013.
O adormecer angustiado no dia antes. Acordar sobressaltado com o toque de chamada do telemóvel. Correr para o Santa Maria com um nó no estômago. Ser recebido pela médica antes de entrar na UCIN. Olhar para ti e depois para as máquinas. E depois para ti. E depois para o céu. Não saber o que fazer. O sentimento duro e cruel da impotência.
Despedir-me. Baptizar-te. Dizer "se quiseres ir, vai, que nós ficamos bem".
Os teus olhos a olhar para mim. Ao colo da tua mãe.

Os teus olhos. Que eram como os meus...

Afinal o dia acabou por ser diferente dos outros. Escrever isto dói. Dói quase como quando me ajoelhei na UCIN e dei murros no chão enquanto perguntava "Porquê?" aos gritos.

Só quem passa por isto sabe. E peço que mais ninguém venha a saber.
Mas é impossível. Mais gente vai sofrer. Mais gente vai ter "azar". Para esses, saibam que não estão sozinhos. Estamos aqui nós. Mas mais importante, está um anjo no céu.

Há um ano pedi que abraçassem quem amam. Porque tudo é perene nesta Terra.
Façam o mesmo hoje, por favor. Não por mim. Não pela Nô. Mas por vocês.

Sejam felizes.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Parabéns Princesa!


Faz hoje um ano que chegaste à minha vida.
Em que pude olhar para ti pela primeira vez.
Tão pequena. Tão frágil. Os teus dedos finos e longos. As tuas unhas. Os teus pés.
Olhei para ti e, naquele instante, jurei-­te amor eterno. Amor que não se explica. Algo que só um pai pela primeira vez consegue entender.
Atingiste­-me como um raio. A partir daquele instante, tudo mudou. TUDO.
Percebi que precisava de ser forte para ti. De ser forte para a tua mãe. De ser forte para o mundo.
Entendi que nunca percebi o meu papel no mundo até apareceres e “dizeres” que me amavas.

Nunca precisamos de muitas palavras para nos entendermos. Na realidade, acho que não precisávamos de nenhuma. Mas eu falava contigo. E tu olhavas para mim. Com os teus olhos do tamanho do mundo. E que diziam tudo. E que cada vez que me lembro deles dá­-me um aperto na garganta.

Sempre foste muito independente. Sempre fizeste as coisas à tua maneira. E eu observava-­te de perto. Sentia as tuas dores. Sentia as tuas angústias. E pouco ou nada podia fazer do que jurar-te que iríamos ser os melhores pais do mundo. Fosse quanto tempo fosse.
E fomos.

E somos.

“Ensinaste-­nos o que é o Amor. Ajuda-­nos a honrar-­te todos os dias”

Muitos parabéns meu Amor Eterno.

terça-feira, 17 de junho de 2014

(Tentativa de) Manual de apoio a pais que perderam filhos - #6




Nunca imporem a vossa presença.
 
Sabemos que a ideia é tentar ajudar. Mas logo após a morte, nunca telefonem sem antes tentar perceber se estamos dispostos a atender. Tentem antes uma SMS. Não nos obriga a uma resposta imediata. Não apareçam por casa sem perceberem se isso bom para os pais.

Não há formulas mágicas, e cada pessoa é diferente. Mas se há coisa que posso quase generalizar é que os pais, nos momentos após a morte, menos querem é responder às típicas perguntas vezes e vezes sem conta.

O ideal seria ter alguém muito chegado que sirva de intermediário.


quarta-feira, 28 de maio de 2014

Casa nova...

... Vida nova?

Pois é amigas e amigos.
Eu sei que andei desaparecido durante muito tempo, mas há boas desculpas para isso.

Mudamos de casa! Deixamos uma casa que, honestamente, estava carregada de más energias (e um dia conto-vos as peripécias com o anterior senhorio) por uma novinha, com menos um quarto mas com uma grande varanda, num bairro excelente, com muita gente jovem e todos os serviços que possam imaginar.

Agora estamos por Alverca e finalmente posso dizer que estamos instalados e hoje deve ter sido a primeira vez desde há muito tempo que passei o final do dia em casa e não voltei apenas para, basicamente, dormir e tomar banho.
Mas ainda há muito para arrumar... Impressionante o que 3 pessoas acumulam durante tão pouco tempo!

Infelizmente as atualizações do blog continuarão a não ser com a frequência de antes até termos internet em casa (e as peripécias com a MEO dariam outro post...) e até comprar um PC para meu uso pessoal. O meu velhinho HP foi-se...
Agora é juntar dinheirinho. Vocês podiam-me ajudar a clicar nesses anúncios chatos que aparecem no blog. Sim, sim, eu sei que são muito chatos, mas é por uma boa causa. Acreditem em mim. :)

E pronto... desejem-nos sorte nesta nova fase da vida. :)





Abraços e beijos!

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Dia da Mãe #2

Olá pessoal!

Hoje faz anos uma pessoa muito especial para mim - a minha Mãe.
Já bastaria ser minha Mãe para a considerar especial, mas ela é muito mais que isso.

É um dos pilares da minha vida. Alguém com quem sei que posso sempre contar. Que me apoia quando tem de apoiar e me dá na cabeça quando tem de dar (mesmo que nem sempre lhe dê ouvidos).

Alguém que me ensinou o que é o Amor apesar de só ter verdadeiramente entendido quando olhei para a Nô pela primeira vez. Algo que não se explica de forma alguma. Apenas se sente como um raio que nos atinge.

Parabéns Mãe!

(Nô: Parabéns Avó!)

domingo, 4 de maio de 2014

Dia da Mãe

Muitas saudades tuas, Nô...

Espero que tenhas gostado do balão. :)


E não ligues à tua tia Sofia que a borboleta estava muito bem desenhada! 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Prematuridade "simplificada"

Encontrei esta infografia muito informativa sobre prematuridade. Desculpem estar em Inglês...


Precisamos fazer muito mais coisas a montante a jusante deste problema.
Como em tudo prevenir é o melhor remédio mas quando não é possível temos de dar o maior cuidado possível aos nossos bebés e mães.

Em breve darei mais informações sobre o programa C.A.R.E. e como o mesmo pretende actuar para mudar algumas destas coisas. Mas tudo começa pelo "awareness".

Não podemos desumanizar estas situações ao não investir nos bebés quando os mesmos (estatisticamente) não são viáveis como nesta situação aqui: Jeff’s Story… A Father’s Perspective on Loss. Somos e devemos ser melhores que isto... A bem dos bebés, dos pais e da Humanidade.

Abraços!


sábado, 26 de abril de 2014

Bebés prematuros. Diferentes sim. Mas para pior?

Olá pessoal.

Hoje foi dia de mais uma reunião do grupo "De Pais Para Pais" do Hospital de Santa Maria.

Foi um dia muito bom, apesar de termos tido poucos pais a participar. Será que é o dia e hora que desmotiva os pais de aparecerem? Ou será algum tipo de receio/preconceito? A analisar no futuro...

Mas é sobre preconceito que quero falar hoje.

Surgiu a ideia que alguns pais podem achar um estigma ter um bebé prematuro. Falar até do tema da prematuridade é algo que evitam por não quererem admitir que os seus bebés são "diferentes". É verdade? Sentem isso?

Sou da opinião que somos todos diferentes. Todos temos o nosso ADN e acho injusto atribuir alguma característica da pessoa no facto de ter nascido prematuro.
Estou bem ciente que há maiores riscos dos bebés prematuros desenvolverem patologias que os tornem notoriamente diferentes. Mas há coisas que, sendo de maior risco nos prematuros, os bebés de termo também desenvolvem.

E ser uma criança/adolescente/adulto diferente assim tão mau? A conotação da palavra "diferente" não pode ser também ela positiva?

Podia listar aqui uma serie de pessoas notáveis da nossa história que foram prematuros, mas prefiro dizer que, regra geral, são as pessoas diferentes que mudam o mundo.

Não é razão para preferir (como se fosse sequer possível escolher) ter um bebé prematuro! Obviamente será SEMPRE melhor ter um bebé de termo. Mas será assim uma tragédia tão grande que se crie um estigma na criança?
Na minha opinião, não. Até porque viva 6 dias, 6 meses, 6 anos, 6 décadas ou 6 séculos (ligeiro exagero :) ), o papel dos pais será sempre o mesmo: que a criança atinja o seu máximo potencial. E se assim o fizermos, estamos também a contribuir para mudar o Mundo.

Aqui fica o video de um famoso anuncio nos anos 90. Acho que vão reconhecer a marca no dia de hoje. :)
Conseguem identificar das pessoas que aparecem no video quais nasceram prematuras? :)

Se quiserem me contactar no assunto da prematuridade podem me encontrar no twitter pelo user "andrerodpt" ou usando a hashtag: #DePaisParaPais

Abraços!

quarta-feira, 23 de abril de 2014

A tua mãe é muito talentosa!

Olá Nô!

Hoje escrevo para ti.

Sabes que a tua mãe é muito talentosa, não sabes?
Para além de ser ter uma alma e coração gigantes, também canta e toca bem piano. Pena é que seja um bocadinho (ok... muito) envergonhada. :)

Repara neste video que gravamos este fim de semana:

É a musica que tens no caderninho para aprenderes que a tua "tia" Moon te deu. :)

Por esta altura tenho a certeza que já sabes a música de cor. Eu até brinco quando digo que tu já aprendeste directamente com a Sarah. :)

Sabes... um dos nossos objectivos para ti era que aprendesses a tocar um instrumento qualquer. Um que gostasses. A musica é algo importante na vida dos teus pais e acredito que seria também para ti.
Pessoalmente eu gostava que aprendesses bateria. :) A tua mãe não concordava assim tanto...

Beijos meu anjo.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

(Tentativa de) Manual de apoio a pais que perderam filhos - #5



Lembrem-se das datas "aniversário".

A semana. O mês. O ano. Liguem a perguntar como estão. Levem os pais a jantar fora. Ou participem nas actividades que estes pais tiverem programado para relembrar.

Por falar nisso, a Associação Projecto Artemis está a organizar um evento para o dia 4 de Maio nas celebrações do Dia da Mãe com lançamentos de balões em homenagem aos nossos anjinhos.
Em Lisboa este evento será na Praça do Império pelas 16:00.
Convido desde já os meus amigos a visitarem-nos por lá.


Abraços e beijos.

domingo, 13 de abril de 2014

Seis Anos

Olá Leonor.

Hoje escrevo para ti.

Hoje quero-te te falar da pessoa mais espectacular que conheço - A tua mãe.

Faz hoje 6 anos que somos namorados. E apesar de ser um evento marcado numa agenda (e neste caso é na da tua mãe porque nisso ela é MUITO organizada), nunca houve um dia em que não me sentisse abençoado por a ter conhecido e ter vivido com ela todas as boas experiências nos últimos anos.
É seguro dizer que seria uma pessoa muito diferente se não conhecesse a tua mãe. E o mais provável era nunca te ter conhecido.
Amo-a incondicionalmente e dizem que vamos ficar juntos até sermos velhinhos. :)

Ela é uma excelente mãe de um anjo e será, com certeza, uma excelente futura mãe dos teus maninhos. :)

Tu sabes que sim. Foste tu quem a escolheu.


Faz uma festa aí em cima e cuida de nós.
Se bem que queria ser eu a cuidar de ti.

Beijos, minha borboleta branca.

domingo, 6 de abril de 2014

(Tentativa de) Manual de apoio a pais que perderam filhos - #4





Os pais precisam de espaço. Mas precisam de sentir que estão lá.

A reação dos pais varia demasiado para haver formulas mágicas. Há pais que preferem estar sozinhos. Há quem prefira estar com a família. Há quem prefira ficar em casa (onde se acumulam coisas por fazer...). Há quem prefira sair de casa (ir espairecer). Seja qual for a decisão dos pais, mantenham uma vigilância afastada mas sempre prontos a agir.

Esta é talvez a tarefa mais complicada de quem tem de lidar com os pais e a sua dor, porque, normalmente, acontece logo após a morte.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Voluntárias Transformam Vestidos de Noiva em Roupas de "Viagem" para Bebés

Haverá coisa mais fantástica que o poder que um coração humano tem para amar?


http://www.huffingtonpost.com/2014/03/27/angel-gowns_n_5043762.html

http://www.nicuhelpinghands.org/
https://www.facebook.com/nicuhelpinghands

Haverá alguém com força para fazer algo do género por cá com a minha ajuda?
Algum vestido de noiva guardado por aí que possa servir uma causa maior?
Aviso desde já que não sei costurar... :)

quarta-feira, 2 de abril de 2014

(Tentativa de) Manual de apoio a pais que perderam filhos - #3

Nunca, mas nunca, insinuar ou inferir a culpa de alguém pelo que aconteceu.

Das duas uma: ou achamos que a culpa é nossa (e queremos morrer com o sentimento de culpa) ou a culpa é de outro (e queremos acabar com a vida dessa outra pessoa). Ás vezes as coisas acontecem porquê têm de acontecer. E mesmo que haja um culpado, nunca alimentem esse fogo! 

segunda-feira, 31 de março de 2014

A Leonor também é isto

"És o melhor que a vida me deu. Nunca me aborreceram as tuas rotinas mais simples, não me canso das nossas conversas intraduzíveis."

http://quememoriasvestireihoje.wordpress.com/2014/03/31/lemas-para-a-tua-vida-3/

Obrigado mais uma vez Sara.

Dias bons. Dias assim-assim. Dias maus.

Sabem aqueles dias em que acordamos como o tempo lá fora?
Aqueles dias que sentimos a pressão a acumular? Em que só nos apetece correr e parar quando os pulmões e coração pedirem clemência?
Aqueles dias em que precisamos de chorar? Chorar como um respirar fundo. 5 minutos apenas.
E o que despoleta isso? Hoje foi um video.
Um video que nos faz recordar "o que poderia ter sido".

Faz bem. Liberta a tensão e pressão.

Eu estou bem. Melhor agora que chorei.

Ás vezes é preciso parar para respirar. E chorar.

Num dia sem sol, lembro-me depois que tenho uma estrela sempre a olhar por mim.

sábado, 29 de março de 2014

(Tentativa de) Manual de apoio a pais que perderam filhos - #2




Dizer "Vá... não falem disso agora..."

Os pais precisam de desabafar. E os que nos ouvem têm de ter um pouco de paciência quando falamos acerca dos nossos filhos. Alguma vez imaginaram um psicólogo dizer algo do género? Não pois, não? Pois vocês, quem nós escolhemos para falar, são os nossos melhores psicólogos. Acreditem que só partilhamos o que sentimos com quem achamos que nos pode dar um apoio.
E esse apoio pode passar apenas por ouvir. Só isso. Experimentem. :)

Já sabemos que não vão entender realmente o que significa a experiência (e esperamos que nunca venham a ter noção!!) mas "recusar" ouvir os pais é deixar-nos sozinhos nos nossos pensamentos...

Sabem quando as palavras parecem perder peso dentro de nós quando as verbalizamos? Pois, é isso. :)